Entre o vinho e a arte
O que mais me impactou ao chegar na vinícola Chateau Smith Haut Lafitte, numa tarde fria de outono, foi a luz que refletia sobre uma lebre gigante de bronze: batizada de Hospitality, a obra do inglês Barry Flanagan dá as boas vindas a quem visita o complexo, que também abriga o Hotel e Spa Caudalie.
A 20 Km de Bordeaux, na França, trata-se de uma das vinícolas tradicionais da região, com mais de seis séculos produzindo um dos melhores vinhos franceses.
O casal Daniel e Florence Cothiard, amante das artes e do vinho, adquiriu a Lafitte em 1991 e desde então vem amealhando uma grande escultura a cada ano e espalhando por sua propriedade. Hoje são 26 trabalhos de nomes consagrados da arte internacional contemporânea como italiano Mimmo Paladino, os norte-americanos Julian Schnabel e Jim Dine e o brasileiro Ernesto Neto, entre outros.
Uma das obras que me instigou foi a do chinês Huang Young Ping, expoente da vanguarda dos anos 80: uma grande mandíbula sobre a mesa de um banquete, representando o ciclo da transformação do alimento enquanto transmissão de poder e conhecimento. Pura reflexão!
“O maravilhoso deste formato de arte é poder dar voltas e mais voltas ao redor, apreciando cada escultura a partir de todos os ângulos possíveis enquanto caminha pelas nossas vinhas de bicicleta ou a pé, de manhã ou ao entardecer, sob o fogo do inverno ou o sol do verão”, explica Florence Cothiard.
Depois de saborear um Chateau Lafitte então...
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