No bureau de Louis Cartier

A Rue de la Paix, em Paris, sempre foi famosa pelo comércio de alto luxo, tradição iniciada no século XIX com a Maison de Charles Worth, o pai da alta costura.  Depois, pouco a pouco,  as joalherias foram se instalando na região e lá permanecem até hoje.
Uma das primeiras foi a Cartier, inaugurada em 1899 no numero 13 da Rue de la Paix, a mesma rua que desemboca na Place Vendôme, o paraiso dos amantes da alta joalheria e a maior quilatagem de pedras preciosas por metro quadrados do mundo.


Em minha última viagem a Paris, tive o privilégio de conhecer algumas das áreas mais reservadas da Maison Cartier, nem sempre acessíveis ao público. (Abro aqui um parêntese para dizer o quanto Cartier influenciou meu gosto pelas joias desde pequena. Para mim, é o melhor criador de todos os tempos e minha fonte eterna de inspiração. O mestre do art déco sempre me fascinou).
 


Guiada por Rafael Lupo Medina, brasileiro radicado há 20 anos em Paris e há 15 na Cartier, conheci os dois andares da bela loja de 600 metros quadrados, em especial o bureau do próprio Louis Cartier. Era lá onde o mestre se encerrava para criar e também receber seus clientes VIPs; reis, rainhas, políticos de alta esfera, magnatas, astros e estrelas de Hollywood. A emoção foi tamanha que não resisti: depois de pedir licença a meu anfitrião, sentei-me na cadeira de Louis Cartier para um registro fotográfico. Momento mais inspirador impossível.

 


Também pude  visitar a sala das joias vintage, onde uma parede decorada com desenhos originais de época me encantou. O famoso colar de ametistas e turquesas ao estilo art déco, desenhado sob encomenda para Duquesa de Windsor, ocupava lugar de honra no centro da parede.

 


Depois dessa viagem histórica ao passado, conheci uma das mais recentes coleções da marca, batizada de Cactus, com braceletes e anéis traduzindo fielmente as formas orgânicas da espécie. Ao me despedir de Medina, deixei a Maison levando comigo a  imagem da imponente fachada em mármore negro, que soube ter sido idealizada pelo próprio Luis Cartier.
 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Netsukê: da indumentária para a joalheria

Diamante: o melhor amigo das mulheres

Turquesa: da antiguidade à joalheria contemporânea