Perfumeiros: como transformar uma ideia em joia
O ponto de partida são os garimpos que faço pelo mundo, em busca de peças antigas que possam ser transformadas em minhas “joias com história”.
Dentro da joalheria universal, os períodos e estilos que mais me atraem são o Vitoriano (1837 a 1901), o Art Nouveau (1890 a 1920) e o Art Déco (1925 a 1940), além das décadas de 1950 e 1960. Minhas criações, portanto, abarcam itens dessas épocas.
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Para merecerem o status de joia, cada peça garimpada tem que ter qualidade artística, originalidade, bom estado de conservação e, principalmente, ser rara. Requisitos válidos para todas as minhas criações.
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Antes de definir o metal e as pedras que serão utilizados, faço um estudo do período e tento atualizar o design sem perder as características originais. Procuro trabalhar com as pedras predominantes daquele determinado período, assim como a cor do metal. Por exemplo, no Art Déco – também chamado de White Period - a prata, o ouro branco e a platina reinaram absolutos. Por isso minhas criações com itens art déco quase sempre são montadas com em metais desta tonalidade.
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Após essa etapa, penso no desenho e nas especificações técnicas para apresentar ao ourives e discutir a viabilidade daquele design. A produção de uma joia artesanal pode demorar de três dias a duas semanas, dependendo da complexidade do desenho.
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Cada joia deve ser criada seguindo critérios ergonômicos pois tem que ser anatômica e “vestir” com conforto. Um brinco não pode pesar mais do que o suportável. Um colar tem que estar no comprimento ideal e assim por diante.
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No caso dos perfumeiros, procuro garimpar itens a partir do final do século XIX em materiais como prata, bakelite, cristal, cerâmica e pasta de vidro. Desde o lançamento da primeira coleção de colares perfumeiros, em 2014, foram mais de 50 itens, todos diferentes, sem nunca repetir um exemplar ou desenho. Uma verdadeira façanha pois a cada ano esses itens se tornam mais difíceis de se encontrar.
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