Escaravelhos: proteção em forma de joias
Símbolo sagrado para os egípcios, o escaravelho representa o sol que renasce de si mesmo, tal como um deus que sempre retorna. Personifica a renovação, além de ser um emblema de proteção, sendo usados como amuleto da sorte ou talismã.
Espécie de besouro, foram eternizados em cerâmica ou esculpidos em pedras preciosas que, posteriormente, surgiram entre os tesouros das tumbas dos faraós, ora em forma de joias, ora como itens decorativos.
Em 1922, quando a câmera secreta de Tutankamon foi escavada, o mundo todo se encantou com a descoberta a ponto de adotar o estilo egípcio não apenas na moda e joalheria, como também na arquitetura e na decoração. Era o começo do Art Déco – que pregava a simplicidade das formas e a geometria como conceitos básicos – conceitos embutidos na arte do antigo Egito.
Expoentes como Cartier, na joalheria e Lalique, no design de vidros, também beberam da fonte egípcia, só para citar alguns.
Em minha coleção EGITO, utilizei escaravelhos em vários materiais: desde marfim antigo, até pasta de vidro e pedras como lápis lázuli, ágata e olho de tigre.
Montados em ouro ou prata, são itens que encontro em meus garimpos – principalmente na Europa -, aos quais agrego pedras naturais como diamantes, rubis, esmeraldas e prasiolitas, entre outras.O ponto de partida do estudo cromático é o material e a cor do escaravelho: com lápis lázuli, gosto de unir rubis, diamantes e esmeraldas.
Já neste brinco com escaravelhos de pasta de vidro turquesa utilizei olho de tigre.
E, para essa gargantilha que acaba de chegar do ourives – o centro era um antigo broche de prata Art Déco, anos 1940 - usei safiras brancas para contrastar com a madrepérola, e dei banho de ródio negro no metal.
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